sábado, 26 de fevereiro de 2011

O Amor e o Tempo


Pela montanha alcantilada
Todos quatro em alegre companhia,
O Amor, o Tempo, a minha Amada
E eu subíamos um dia.

 
Da minha Amada no gentil semblante
Já se viam indícios de cansaço;
O Amor passava-nos adiante
E o Tempo acelerava o passo.


— «Amor! Amor! mais devagar!
Não corras tanto assim, que tão ligeira
Não pode com certeza caminhar
A minha doce companheira!»


Súbito, o Amor e o Tempo, combinados,
Abrem as asas trémulas ao vento...
— «Porque voais assim tão apressados?
Onde vos dirigis?» — Nesse momento,


Volta-se o Amor e diz com azedume:
— «Tende paciência, amigos meus!
Eu sempre tive este costume

De fugir com o Tempo... Adeus! Adeus!


António Feijó

2 comentários:

  1. O amor tem pressa!Mas,ouvindo tão belos versos aposto q/ ele decide ficar. bjks

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  2. Sem duvida fica...
    o amor vai crescendo se plantado com carinho, vai criando raízes.
    sim é difícil ir,quando as nossas raízes já são tão profundas...tão enterradas no nosso sentimento e em nós!(conversa de mulher enamorada =D)
    beijinhos

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